Um grande acontecimento musical marcou a temporada de 1992 do Mozarteum Brasileiro: as apresentações da Orquestra Filarmônica de Munique com uma lenda musical como regente – o maestro romeno Sergiu Celibidache (1912-1996), que até então nunca havia se apresentado no Brasil. Às vésperas de completar 80 anos, ele era uma celebridade cujo nome virou sinônimo de olimpo musical. Fazia 13 anos que dirigia a Filarmônica de Munique, a centenária orquestra que multiplicou sua fama sob a batuta deste cultuado maestro. Além de dois concertos no Theatro Municipal de São Paulo, no mês de maio, a Filarmônica de Munique, com Celibidache e seus 130 músicos, realizou uma apresentação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foram espetáculos que marcaram época. Ao longo de 1992, a programação do Mozarteum prosseguiu com outras atrações estreladas: a orquestra de câmara Solistas de Zagreb, a Orquestra de Câmara de Blumenau com regência de Norton Morozowicz e a violinista búlgara Mila Georgieva como solista convidada, os recitais do pianista austríaco Rudolf Buchbinder e, para completar, os concertos do violinista italiano Uto Ughi, acompanhado do pianista norte-americano Seymour Lipkin.

Desde 1981, com suas temporadas anuais, o Mozarteum Brasileiro conecta o Brasil com a excelência mundial da música.