Na temporada de 1994, o Mozarteum trouxe uma grande estrela do canto lírico: a soprano norte-americana Barbara Hendricks, sensação da época, que realizou um recital com o renomado pianista sueco Staffan Scheja no Theatro Municipal de São Paulo, em abril. Pouco antes, no mesmo mês e no mesmo teatro e também no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Australian String Quartet havia inaugurado a generosa temporada que, no decorrer do ano, proporcionou uma sucessão de grandes momentos.

Além da prestigiada orquestra de câmara I Solisti Aquilani e mais dois quartetos – o Philharmonia Quartett Berlin e o Mozarteum Quartett Salzburg – a temporada de 1994 incluiu três fabulosas orquestras.

A Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia, sediada em Roma e fruto da mais antiga instituição musical do mundo (a Academia Nacional de Santa Cecilia, fundada em 1585), se apresentou sob regência de seu maestro titular, Daniele Gatti, e com um mestre do violino, Uto Ughi, como solista.

Igualmente espetacular, a Royal Concertgebouw Orchestra, com Riccardo Chailly como regente, realizou concertos em São Paulo, um deles na Praça da Paz do Parque Ibirapuera, e também no Theatro Municipal do Rio. Maxim Vengerov, um dos mais brilhantes violinistas do mundo, tocou como solista convidado.

Temporada tão cintilante se completou com mais um símbolo mundial de excelência artística: a Orquestra Sinfônica de Bamberg, com Christoph Eschenbach como regente e o pianista norte-americano Tzimon Barto como solista, em apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro (no Theatro Municipal de ambas as capitais).

Em 2021, quando completa 40 anos de atividades, o Mozarteum celebra os momentos gloriosos proporcionados pelos mais de 1.500 concertos que realizou, sempre protagonizados pelos mais importantes artistas da cena mundial.