Puro êxtase musical – é como pode-se definir a temporada de 1993 do Mozarteum Brasileiro, que completava 12 anos de atividades naquele início de década. O genial violinista letão Gidon Kremer inaugurou a programação em abril, no Theatro Municipal de São Paulo, em recitais que contaram com a participação do pianista ucraniano Oleg Maisenberg. Em maio, o violinista italiano Salvatore Accardo se apresentou com a Orquestra de Câmara de Praga. A atração seguinte foi a Pittsburgh Symphony Orchestra, com Lorin Maazel como regente. Uma grande companhia de dança, The English National Ballet, deu continuidade à temporada, que começou o segundo semestre com a orquestra de câmara espanhola Capella de Ministrers. Em outubro, a magnífica Orquestra Filarmônica de Munique, com seu cultuado maestro – Sergiu Celibidache – incluiu o Brasil em sua turnê comemorativa de 100 anos. Na temporada do Mozarteum do ano anterior, Celibidache e a Filarmônica de Munique haviam deslumbrado plateias brasileiras. Receber tanta excelência musical novamente, no palco do Theatro Municipal de São Paulo e também no Municipal do Rio de Janeiro, foi um privilégio fenomenal. A fabulosa programação de 1993 se encerrou com a London Festival Orchestra sob regência de Ross Pople e um surpreendente solista convidado – o saxofonista John Harle.

Ano após ano, ao longo de quatro décadas, o Mozarteum Brasileiro mantém o Brasil na rota mundial dos melhores artistas do planeta.