Obra-prima histórica, o Réquiem de Verdi ganhou arrebatadora interpretação na penúltima noite do Música em Trancoso 2019

 

 

O Réquiem, de Verdi, é uma obra-prima histórica, concebida há quase 150 anos, que faz parte da cultura universal. Para as orquestras é um desafio interpretar esta música magnífica, que exige imenso virtuosismo dos músicos, somado a flexibilidade para acompanhar solistas e coro.

A arrebatadora apresentação do Réquiem na penúltima noite do Música em Trancoso 2019 (sexta-feira, 29/3), representou um marco na trajetória do festival e também da Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, que apresentou a obra sob regência do alemão Raoul Grüneis como maestro convidado. O espetáculo também contou com o Coro Mozarteum Brasileiro (que reúne mais de 80 vozes) e solistas internacionais – a soprano argentina Mónica Ferracani, a mezzo-soprano russa Svetlana Shilova e os italianos Vincenzo Costanzo (tenor) e Duccio dal Monte (baixo).

Alguns músicos da orquestra – os trompetistas – ficaram localizados no fundo da plateia, cuja posição inclinada permitiu que eles ficassem no topo do auditório. Ao tocar, em certos momentos do Réquiem, produziram uma massa sonora que envolveu o ambiente por completo, criando a atmosfera de comunhão que esta música transmite.

Um misto de prazer musical e experiência espiritual é como pode ser definida esta apresentação do Réquiem de Verdi, obra que o famoso maestro italiano Arturo Toscanini (1867-1957) considerava única na história da música e superior até ao Réquiem de Mozart – o que dá ideia da grandeza desta composição.

Veja imagens da apresentação.
Fotos: Cauê Diniz, Daniel Crivelli e Ricardo Reis.