Série #NossosTalentosThiago Teixeira, 20 anos, baixo-barítono, Rio de Janeiro (RJ)
Série #Nossos Talentos
Thiago Henrique Teixeira, 20 anos, baixo-barítono, Rio de Janeiro (RJ)
#Nossos Talentos destaca jovens músicos brasileiros, que merecem nossa atenção. O baixo-barítono Thiago Teixeira dá continuidade à série e nos conta um pouco de sua relação com a música. Nascido em Campinas (SP), Thiago vive hoje no Rio de Janeiro (RJ). No Canto em Trancoso 2018, Thiago foi selecionado para o curso que a Chorakademie Lübeck, parceira do Mozarteum, realizará na Eslováquia, em 2019.
O que faz atualmente?: “Sou estudante de canto erudito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).”
Como se iniciou na música?: “Desde pequeno sempre fui muito ‘lunático’. Gostava de inventar um mundo, brincar com melodias e me expressar. Minha primeira experiência musical foi quando conheci o coral Meninos Cantores de Campinas, do qual fiz parte por nove anos. Lá descobri meu amor pela música. Desde então sigo este caminho tão emocionante e cheio de vida para alegrar a minha alma e a das pessoas.”
O que foi importante para que seguisse adiante?: “São grandes as dificuldades para quem deseja fazer música em um país como o nosso, que não apoia a cultura e a educação. Como venho de uma família de um nível social não muito alto, sempre tive problemas para fazer aulas teóricas e de canto durante a infância e adolescência, para poder ingressar na universidade. Mas, contei com pessoas maravilhosas em meu caminho, que me apoiaram, como o regente Sérgio Akira Kawamoto e a cantora Ana Carolina Marchi. Me dá sempre uma grande inspiração e conforto saber que pessoas como essas foram tão generosas comigo, em favor da música e de meu futuro.”
O que é música para você?: “Música para mim é tudo aquilo que inspira, instiga, excita e me faz existir – seja o funk, o lied alemão, a sinfonia de Mahler, o pop da Beyoncé ou a MPB de Marisa Monte. Música é aquilo que temos e aquilo que somos, na realidade que vivemos.”
O que é fazer música no Brasil?: “Fazer música e todo tipo de arte no Brasil é sinal de persistência e bravura. Enfrentamos anos e anos de trabalho técnico e teórico, vivendo em incertezas financeiras para trabalharmos em um país de pouco investimento e valorização, muitas vezes quase só por amor.”
Sua experiência com o Mozarteum Brasileiro: “O Mozarteum tem um papel fantástico nas carreiras de novos artistas, muitos com poucas condições sociais. Nos proporciona contato com profissionais importantes para nós e nossas carreiras. E ainda nos dá a grande oportunidade de fazermos parte da Chorakademie Lübeck, na Europa”.