Ao longo de 40 anos, as programações do Mozarteum sempre superaram expectativas. Em 1996, a excelência musical marcou o ano com duas orquestras fenomenais: a Sinfônica Tchaikovsky de Moscou, com regência de Vladimir Fedoseyev e solos do pianista Vardan Mamikonian, e a Filarmônica de Dresden, com Guenter Herbig como regente e o violinista Sebastian Guertler como solista convidado. O canto lírico também esteve regiamente representado naquele ano com duas estrelas internacionais: a mezzo-soprano Marilyn Horne, que se apresentou acompanhada do pianista Brian Zeger, e a soprano Barbara Hendricks, cujas apresentações contaram com a Orquestra de Câmara de Praga, conduzida pelo maestro Christian Benda.

Esta temporada de tirar o fôlego ainda contou com recitais de Martha Argerich e Nelson Freire, e um momento majestoso dedicado ao jazz, com Oscar Peterson e seu quarteto. Dois grupos camerísticos – o German Brass e a Orquestra de Câmara Filarmônica de Viena, também fizeram parte desta profusão de talentos em palcos brasileiros, junto de um símbolo de diversidade – a Orquestra Jovem da União Europeia, com Vladimir Ashkenazy como regente e Christian Tetzlaff como solista de violino. Para completar, uma grande companhia de balé se somou a esta magnífica programação: Dance Theatre of Harlem, que veio com seu lendário diretor artístico, Arthur Mitchell.

Tantas realizações fizeram do Mozarteum uma instituição histórica no cenário brasileiro da música.