Mezzo-soprano
Svetlana Shilova graduou-se no Conservatório Estatal de São Petersburgo, onde estudou com o professor Konstantin Pluzhnikov. Deu os primeiros passos como solista no Teatro Musical da Ópera de São Petersburgo, interpretando Paulina em A Rainha de Espadas e Olga em Eugene Onegin.
Ela estreou no Teatro Bolshoi de Moscou em 2002, no papel de Marfa em Khovanshchina e, em seguida, foi convidada a integrar a companhia.
Sua intensa atuação se reflete na agenda de 2014, quando cantou: Marina Mnishek na ópera Boris Godunov de Modest Mussorgsky, no Teatro Bolshoi de Moscou; Príncipe Orlovsky na opereta O Morcego, de Johann Strauss, no Teatro Bolshoi; Liubasha na première da ópera A Noiva do Czar, de Nikolai Rimsky-Korsakov, no Teatro Bolshoi, sob regência de Gennady Rozhdestvensky; Konchakovna em Príncipe Igor de Alexander Borodin, sob direção de Yuri Lyubimov, no Teatro Bolshoi; Marina Mnishek na ópera Boris Godunov de Mussorgsky, no Teatro Bolshoi; Eugene Onegin de Pyotr Ilitch Tchaikovsky (direção de Dmitry Tcherniakov), no Teatro Bolshoi; A Noiva do Czar de Nikolai Rimsky-Korsakov (regência de Gennady Rozhdestvensky), no Teatro Bolshoi; Prometeu de Carl Orff com a Orquestra Sinfônica da Academia Estatal da Federação Russa “Evgeny Svetlanov”, sob regência de Vladimir Jurowski, na Sala Tchaikovsky; o papel-título em Carmen de Bizet, no Teatro Bolshoi, sob regência de Laurent Campellone e direção de David Pauntny. O ano de 2014 ainda marca sua estreia nos palcos dos Estados Unidos, no Avery Fisher Hall de Nova York, na ópera A Noiva do Czar, de Rimsky-Korsakov, no papel de Liubasha, tendo como regente Gennady Rozhdestvensky.
Também em 2014, Svetlana participou da performance Misa Tango, de Luis Bacalov, no cassino de Basileia, Suíça, sob regência de Bohdan Shved, e gravou a série Canções Judaicas de Dmitry Shostakovich, sob regência de Vladimir Spivakov, na Casa Internacional de Música de Moscou.
Em fevereiro de 2015, cantou o Réquiem de Saint-Saëns, também na Casa Internacional de Música de Moscou, sob regência de Vladimir Spivakov. Em março daquele ano, cantou na noite de gala do festival Música em Trancoso (BA, Brasil).
O CD com a gravação da Sinfonia nº 1 de Alexander Skriabin, executada pela RNO, sob regência de Mikhail Pletnev, lançado em meados de 2015, conta com participação da mezzosoprano.
Dentre os papeis operísticos interpretados por Svetlana Shilova, merece destaque Sonetka, na estreia de Katerina Izmailova no palco histórico do Teatro Bolshoi, sob regência de Tugan Sokhiev e direção cênica de Rimas Tuminas. No mesmo teatro, sob mesma regência e direção cênica de Alexey Borodin, interpretou o papel-título de Carmen, de Bizet.
Em 2016, Svetlana Shilova participou do festival de música húngaro Székesfehérvár, cantando o Stabat Mater de Gioachino Rossini, juntamente com os solistas do Teatro Bolshoi e a mundialmente famosa soprano Andrea Rost. Ainda em 2016, cantou no concerto de gala de reabertura do Teatro da Ópera e Balé da Academia de Novosibirsk (NOVAT).
No réveillon de 2017, Svetlana participou do concerto de gala com solistas do Teatro Bolshoi na Sala Principal de Concertos de Harbin, na China.
Em março de 2017, apresentou-se na Sala da Filarmônica de Paris, na Cité de la Musique, em produção multimídia da cantata Alexander Nevsky, de Prokofiev. No mesmo mês, realizou dois concertos-solo com repertório italiano e russo no festival Música em Trancoso (BA, Brasil). Em junho do mesmo ano, fez mais dois concertos solo em Bruxelas, além de turnês com a Orquestra Filarmônica Nacional Russa (NFOR), organizadas pelo maestro Vladimir Spivakov, no festival anual de Colmar, na França.
Svetlana Shilova participou ativamente da encenação do balé de Ilya Demutsky, Nureyev, no Teatro Bolshoi (diretor cênico K. Serebrennikov, coreógrafo J. Posokhov), interpretando o papel vocal principal.
Ainda em 2017, participou das turnês do Teatro Bolshoi nos festivais de Aix-en-Provence (França) e de Savonlinna (Finlândia), com apresentações de Eugene Onegin e Iolanta. Também cantou o oratório Ivan, o Terrível, ao lado da Orquestra NHK, em Tóquio, no Japão (regente Tougan Sokhiev).
Em 2018, cantou a Sinfonia nº 2, de Gustav Mahler, na Sala Tchaikovsky de Moscou, ao lado da Orquestra do Teatro Bolshoi, sob regência de Tougan Sokhiev.
Também se dedica com muito entusiasmo à música de câmara, às cantatas e aos oratórios, tendo participado de inúmeros concertos de câmara do pianista Alexei Goribol.
A cantora trabalha em cooperação com compositores contemporâneos como Leonid Desyatnikov, Sergei Banevich, Ilya Demutsky.
Svetlana Shilova participa regularmente dos festivais de música Três Séculos de Romantismo Russo, em São Petersburgo, e Tarusa de Inverno, promovido pela Fundação S. T. Richter, entre muitos outros.