Paula Morelenbaum

Vocal

Durante dez anos, a partir de 1984, cantou ao lado do maestro, compositor, cantor, pianista e arranjador Antonio Carlos Jobim (1927-1994), participando da gravação dos álbums Passarim (1986-Universal), Antonio Brasileiro (1993-Som Livre), Tom Jobim Inédito (1995-BMG), Tom canta Vinicius (2000- Jobim Music/ Universal). Com Jobim, Paula Morelenbaum apresentou-se no Brasil, Japão, Europa, Canadá e Estados Unidos, destacando-se concertos realizados em Nova York, no Carnegie Hall e no Lincoln Center.

Quatro anos antes, a carioca Paula Morelenbaum formou o grupo vocal Céu da Boca, com Maúcha Adnet, Verônica Sabino, Marcia Ruiz, Rosa Lobo, Lidia Sacharny, Ronald Valle, Dalmo Medeiros, Chico Adnet, Paulo Malaguti e Paulo Brandão. O grupo gravou os álbuns Céu da Boca (1981-Polygram) e Baratotal (1982-Polygram) e realizou shows por todo o Brasil.

Em 1989 concilia os shows com Antonio Carlos Jobim e faz parte da montagem do musical Lamartine para inglês ver, de Antônio de Bonis, cantando e representando, ao lado dos atores Vera Holtz, Guida Vianna, Fábio Junqueira e Paulo Andrade.

No ano seguinte, iniciou sua carreira solo em Nova York, apresentando-se em diversos clubes de jazz como o Birdland, acompanhada por músicos americanos.

Em 1991 gravou o CD Amazonas/Família Jobim (Som Livre) com a Nova Banda.

Em 1992, acompanhada pelos músicos Igor Eça (baixo), Felipe Poli (guitarra e violão), Daniel Jobim (teclados), Domenico Lancellotti (bateria) e Luiz Jakka (percussão), lançou seu primeiro álbum solo, Paula Morelenbaum (Camerati), produzido por Jaques Morelenbaum, que participou também como instrumentista e arranjador em algumas faixas. O disco incluiu canções de Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso, Rita Lee, Arrigo Barnabé, Paulo Jobim, José Miguel Wisnik, Gershwin, Vinicius de Moraes e Tom Jobim, que também participou de duas faixas do CD. Com esse álbum, Paula foi contemplada com o Prêmio Sharp de Música 1993, na categoria Revelação Feminina Pop-Rock.

Nesse mesmo ano cantou no Songbook Vinicius de Moraes e no Songbook Dorival Caymmi (Lumiar Discos), produzido por Almir Chediak.

Em 1994 realizou o show Chica-chica-boom-chic, apresentando parte do repertório de Carmem Miranda, numa releitura contemporânea, com arranjos de sua autoria. Excursionou com o show por todo o Brasil.

Em 1995 formou com Paulo Jobim, Daniel Jobim e Jaques Morelenbaum, o Quarteto Jobim Morelenbaum – quarteto vocal e instrumental de formação camerística, aclamado pela crítica e público, cujo repertório era baseado na obra de Antonio Carlos Jobim, com arranjos fiéis aos do compositor, perpetuando seu estilo. Paula concilia os shows com a gravidez e em 1996 nasce Dora.

Em 1999 o quarteto lançou o álbum Quarteto Jobim-Morelenbaum (Velas/Sony Music), apresentando-se no Brasil, Estados Unidos, Europa e Ásia. Nesse mesmo ano Paula atuou ainda no álbum Smoochy, de Ryuichi Sakamoto, no Songbook Chico Buarque (Lumiar Discos) e na trilha sonora de Antonio Pinto para o filme Menino Maluquinho, de Helvécio Raton.

Em 2001, com Ryuichi Sakamoto e Jaques Morelenbaum formou o trio Morelenbaum2/Sakamoto e com ele gravou os CDs Casa (Kab/Universal Music), uma homenagem a Antonio Carlos Jobim, gravado na própria casa do maestro e o CD Live in Tokyo 2001 (Warner Music Japan), gravado no Akasaka Act Theater, no Japão.

Em 2002 voltou a Tóquio para realizar o show Get’s bossa-nova, que contou com a participação de Roberto Menescal, Marcos Valle, a banda Bossacucanova, Moska, e Leny Andrade. Nesse mesmo ano saiu em turnê com o trio Morelenbaum2/Sakamoto para divulgar o CD Casa pelos Estados Unidos e Europa, aclamado pela crítica internacional.

Em 2003 o trio gravou o álbum A Day in New York (Kab/Universal Music) que, assim como a CD Casa, foi aclamado pela crítica nacional e internacional, em sua turnê de lançamento mundial. Este último álbum foi agraciado com o Prêmio Tim de Música 2004 na categoria de Melhor Grupo de MPB.

Também em 2003 lançou o DVD 3 years (Warner Japan), que ilustrou três anos do trio Morelenbaum2 /Sakamoto, em gravações e turnês pelo mundo.

No mesmo ano, Paula participou dos álbuns Nossa Bossa (BMG) produzido por Celso Fonseca, e Conversations (Noon Productions), do grupo holandês Vander Feen, em Amsterdã.

Em 2004, Paula Morelenbaum lançou seu segundo álbum solo, Berimbaum (Mirante/Farol Musica/Universal Music), que homenageou o “poeta da bossa-nova”, Vinicius de Moraes, numa concepção moderna e eletroacústica. O álbum foi produzido por Paula, em parceria com Antonio Pinto, Leo Gandelman, Celso Fonseca, Bossacucanova e Beto Villares. Para apresentar este trabalho, ela convidou os músicos Dudu Trentin (teclados e samples), Fernando Caneca (violão) e Alex Fonseca (bateria e samples) e excursionou pelo Brasil e pelos principais países da Europa com grande sucesso de público, obtendo críticas excelentes sobre o show e o CD, que foi lançado no Brasil, Itália, França, Espanha, Estados Unidos, Argentina e Chile (pela gravadora Universal Music), em Portugal (pela Farol Música) e no Japão (pela Columbia Japan). Mais recentemente, Berimbaum foi lançado na Alemanha, Áustria, Escandinávia e Inglaterra (pela Edel Records).

A música Tomara, faixa que abre o álbum, foi escolhida pela Rede Globo de Televisão para ser abertura da novela Começar de novo (2004/2005).

Em maio de 2005, Paula divulgou o Berimbaum em Nova York, com dois shows no Joe’s Pub, obtendo crítica excelente do jornalista Jon Pareles do jornal The New York Times. Também se apresentou em um show no Museu de História Natural de Nova York, produzido pela ONG The Nature Conservancy, em homenagem ao Brasil e ao compositor Antonio Carlos Jobim. Em julho voltou à Itália com seu álbum, para se apresentar em Roma e Palermo e, no final do mesmo mês, fez uma série de oito shows em Tóquio, no Blue Note, com a participação especial de Jaques Morelenbaum.

Ainda em 2005, Paula participou do álbum de George Moustaki, Vagabond (Virgin/EMI), cantando com ele a faixa Tom, e também da trilha sonora composta por Jaques Morelenbaum para o filme Paid do diretor holandês Laurence Lamers, cantando Besame Mucho. Dentre seus shows mais relevantes daquele ano, destacou-se o do evento produzido pela ONG WCF, World Childhood Foundation, em São Paulo, com a presença da Rainha Silvia da Suécia, que preside essa instituição.

O fim de 2005 foi coroado com mais uma turnê europeia, que percorreu diferentes cidades, ampliando assim a divulgação do álbum Berimbaum.

Em 2006, suas mais relevantes performances foram no Festival de México em el Centro Histórico, com seu marido, o cellista Jaques Morelenbaum, apresentando o Jaques e Paula Morelenbaum Quinteto; o show Berimbaum, com a participação especial de Chico Pinheiro, no  Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo; no Helsinki Festival, da Finlândia, e a participação no projeto Obra Viva – Baden Powell, no Sesc Pompéia, em São Paulo.

No início de 2008, Paula finalizou seu novo álbum Telecoteco, fruto de sua profunda pesquisa da música popular brasileira dos anos 1940 e 1950.

Também em 2008, Paula se junta a José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovisky para uma temporada da aula-show “Vinicius: Palavra e Música”, e se apresentam em São Paulo, Rio de Janeiro e Natal (RN), Neste ano Paula estreou como solista de uma orquestra sinfônica. Foi em Hannover, com a regência de Jaques Morelenbaum e a NDR Pops Oschestra, num concerto intitulado Brazil!.

Para coroar 2008, o álbum Telecoteco, lançado no Japão, Portugal e no Brasil, foi eleito pelo jornal O Globo (RJ) como um dos 10 melhores CDs do ano.

Em 2009 o álbum Telecoteco é indicado ao Prêmio de Música Brasileira 2009  como melhor disco na categoria MPB, e também ao Grammy Latino, na categoria Produção – Melhor Álbum de Engenharia de Gravação.

Paralelamente aos shows deste álbum, Paula deu prosseguimento à carreira da aula-show Vinicius: Palavra e Música, com uma série de concertos em Portugal, com José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovisky, e aos concertos com seu marido, Jaques Morelenbaum.

2009 também foi um ano repleto de participações em outros álbuns: no primeiro, intitulado Nego (Biscoito Fino), produzido por Jaques Morelenbaum, Carlos Rennó e Moogie Canázio, com arranjos de Jaques, Paula cantou na faixa título; no segundo, Beatles’69 Abbey Road Revisited Vol. 3 (Microservice), produzido por Marcelo Fróes, ela cantou ao lado de João Donato a faixa Mean Mr. Mustard; no terceiro, o CD L’amore che vienne (Egea), do cantor e compositor italiano Andrea Sisti, ela dividiu com ele a faixa-título e também a faixa Un bacio rubato, de autoria de Andrea Sisti e Donovan; o quarto, o novo CD de Bungaro (Egea), cantor e compositor italiano, ela dividiu com ele a faixa Arte.

Também neste ano Paula gravou um novo álbum, Bossarenova (Skip Records). Este CD, com a SWR Big Band de Stuttgart, da Alemanha, teve arranjos e produção do alemão Ralf Schmid. Para o lançamento do CD na Alemanha, Paula fez uma temporada de concertos com a SWR Big Band e Ralf Schmid, com participação especial de Joo Kraus,  destacando-se os concertos em Munique, no Jazzclub Unterfahrt, em Baden-Baden no Mr. M’s Jazzclub e em Heilbronn no Audi Forum Festival.