Canto (Soprano)
Leveza admirável e precisão excepcional permitem à soprano polonesa Joanna Wos realizar, sem esforço, as mais ousadas ornamentações, com sonoridade ímpar e o estilo sofisticado do bel canto. Sua voz é impecavelmente límpida, com entonação forte e alcance excepcionalmente amplo.
Premiada em concursos e festivais de canto, vencedora do Concurso Internacional de Canto em Bilbao, Joanna Wos teve o reconhecimento da crítica russa por diversas vezes através do prêmio Golden Mask.
Estreou no papel-título em Lucia de Lammermoor, de Gaetano Donizetti, no Grand Theatre de Lodz, Polônia. O sucesso alcançado na estreia não deixou dúvida sobre seu excepcional talento vocal.
Formada pela Academia de Música de Lodz, foi contratada como solista do Grand Theatre. Aplaudida pelo público e reconhecida pela crítica, Joanna encanta não só pela coloratura magnífica de sua voz, mas também por seu extraordinário talento lírico e dramático.
Além do trabalho regular em Lodz, a cantora se apresenta nos palcos da Ópera Nacional de Varsóvia, Ópera de Cracóvia, Grand Theatre em Poznan, Ópera Báltica, Filarmônica Nacional e Filarmônica de Cracóvia. É artista convidada de várias casas de ópera, incluindo a Royal Festival Hall em Londres, Alte Oper em Frankfurt, Deutsche Oper em Berlim, Auditório da Música em Roma, Centro de Ópera Galina Vishnevskaya em Moscou, Ópera Nacional em Vilnius, Ópera Nacional em Zagreb, Teatro de Ópera e Balé de Novosibirsk e muitas outras salas de ópera e concerto no mundo todo.
Joanna Wos cantou sob regência de vários maestros renomados, como Antoni Wit, Jonas Aleksy, Jerzy Maksymiuk, Tadeusz Kozłowski, Jan Krenz, Jacek Kaspszyk, Friedrich Haider, Will Crutchfield, Marco Baldieri, Andrea Licata, Massimiliano Caldi, Gabriel Chmura.
Dividiu os palcos com cantores famosos, como os barítonos Renato Bruson e Artur Ruciński, os tenores Salvatore Licitra, Salvatore Fisichella, Piotr Beczała, Arnold Rutkowski e Mariusz Kwiecień, além da soprano americana Gwendolyn Bradley.
Seu repertório inclui não apenas papéis de coloratura como Rainha da Noite de A Flauta Mágica de Mozart, Rosina de O Barbeiro de Sevilha de Rossini, Olympia de Os Contos de Hoffmann de Offenbach e Anna Bolena da ópera homônima de Donizetti, mas também papéis excepcionalmente dramáticos e líricos como Violetta de La Traviata, Gilda de Rigoletto de Verdi, Elvira de Os Puritanos de Bellini e Norina de Don Pasquale de Donizetti.
O repertório da soprano inclui ainda os papéis de Oscar de Um Baile de Máscarasde Verdi, Rainha de Shemakha de O Galo de Ouro de Rimsky-Korsakov, Musetta de La Bohème de Puccini, a Condessa de As Bodas de Fígaro e Fiordiligi de Così FanTuttede Mozart, Dona Ana de Don Giovanni, Magda de La Rondine de Puccini, Eurídice de Orfeu e Eurídice de Gluck, bem como a Esposa de A Vida com um Idiota de Schnittke.
Seu repertório de concertos é igualmente impressionante: inclui Stabat Mater de Pergolesi, o Réquiem de Rossini, Exsultate, Jubilate e as missas de Mozart, Missa Santa Cecília de Gounod, o Réquiem de Fauré, Carmina Burana de Orff e Stabat Mater de Szymanowski.
Em sua última gravação para a rádio polonesa, apresentou um recital de árias operísticas escritas pelo Príncipe Józef Michal Poniatowski, acompanhada do pianista Kevin Kenner. Em 2009 Joanna gravou um álbum intitulado As Canções de Chopin, com Marek Drewnowski.
Na Ópera Nacional de Varsóvia, se apresentou em estreias vivendo os papéis de Magda em La Rondine de Puccini (2003, direção de Marta Domingo), Rainha da Noite em A Flauta Mágica de Mozart (2006, direção de Achim Freyer), o papel principal nas óperas Lucia di Lammermoor e Lucrezia Borgia de Donizetti (2009), Orfeu e Eurídice de Gluck (2009) e La Traviata de Verdi (2010).
Em abril de 2010 a soprano gravou a Sinfonia nº 3 de Gorecki para a BBC, com a London Symphony Orchestra, sob regência de Marin Alsop, no Royal Festival Hall de Londres. Em 2011, interpretou o papel-título em Maria Stuarda de Donizetti, no Grand Theatre em Poznan.
Em março, cantou Gilda (Rigoletto, Verdi) no Grand Theatre da Ópera Nacional de Varsóvia. No mesmo ano, recebeu críticas entusiasmadas na interpretação de Anna Bolena de Donizetti, durante o Festival de Ópera de Saint Moritz, Suíça.
Em 2012, subiu aos palcos no papel de Adina, durante a estreia de O Elixir do Amorna Ópera de Cracóvia, e de Violeta na estreia de La Traviata na Ópera Báltica. Em abril de 2013 o Grand Theatre de Lodz montou Anna Bolena de Donizetti especialmente para Joanna, ocasião em que mais uma vez demonstrou domínio vocal e interpretativo incomparáveis, como parte de seu aperfeiçoamento no estilo bel canto.
Os aplausos do público se somaram à aclamação da crítica, que concedeu à cantora o prêmio Golden Mask de melhor papel dramático.