Duccio Dal Monte

Baixo

O baixo italiano Duccio Dal Monte reside atualmente em Viena. Teve como principais professores de canto Rolando Panerai e Leonard Wolowsky.

Após alguns anos dedicando-se sobretudo a missas e oratórios, sua estreia na ópera em 1990 fez com que sua carreira decolasse e ele alcançasse notoriedade internacional, com apresentações na Europa, Japão, Austrália e Américas.

Apresentou-se nos palcos da Arena de Verona, Staatsoper Unter den Linden de Berlim, Teatro Colón de Buenos Aires, Ópera de Tel Aviv, Teatro Comunale de Bolonha, Sala Hércules de Munique, Grand Théatre de Genebra, Teatro alla Scala de Milão, Teatro alla Fenice de Veneza, Sala Kenmin de Tóquio, Maggio Musicale de Florença, Staatsoper de Stuttgart, Teatro Verdi de Trieste, Festival Pucccini de Torre del Lago, Teatro Bellini em Catania, State Opera Theatre de Adelaide, Opera du Rhin em Estrasburgo, Teatro Monumental em Madrid, Festival de Ludwigsburg, nos teatros de Nice, Freiburg, Mulhouse, no Anfiteatro de Lecce, Teatro da Cidade Proibida de Pequim e na Volksoper de Viena, entre outros.

Recentemente Duccio Dal Monte cantou Wotan em A Valquíria de Wagner no Musiktheater em Linz, na Áustria (regente Dennis R. Davies); Daland em O Holandês Voador de Wagner em Bolonha (regente Stefan Anton Reck); Roucher em Andrea Chénier de Giordano no Teatro dell’Opera de Roma (regente Roberto Abbado); dois papeis em Lulu de Berg no Teatro de Bolzano (regente A. Negus); além do protagonista em O Silêncio de Baruch (Baruch’s Schweigen), composta por Ella Milch Scheriff e encenada em Viena.

O cantor interpretou alguns dos papéis clássicos para baixo como Filippo, Banco, Colline, Basílio, Átila, Mefistofole, Sparafucile, Raimundo, Sarastro, Wotan, Hagen, Rei Henry etc. Seu repertório vai desde o final do estilo belcanto até os mais dramáticos papeis de Verdi, Donizetti e Wagner, com voz capaz de sustentar tanto a tessitura de um baixo profundo (por exemplo Seneca, Fiesco, Sarastro), como alcançar o espectro de baixo-barítono (Átila, Don Giovanni, os quatro papeis de diabo em Contos de Hoffmann, ou os três papeis em Wotan de Wagner).

Escolhido por regentes como Daniel Barenboim, Zubin Mehta, Guiseppe Sinopoli, Daniel Oren, Dennis Russel Davies, Simone Young, Stefano Ranzani, Stefan Anton Reck, Armin Jordan, Marcello Viotti, Jesus Lopez-Cobos, Asher Fisch, Günther Neuhold, Gustav Kuhn, Woldemar Nelsson, Ulf Schirmer, Zoltan Pesko, Frank Shipway, teve ainda a oportunidade de trabalhar sob a direção de produtores como Harry Kupfer, Yannis Kokkos, Robert Carsen, Nicholas Joel, Roberto Guicciardini, Renzo Giacchieri, G. Carlo Cobelli, Cesare Lievi, J.C. D’Auvray, Eric Vigié, e de cantar ao lado de artistas como R. Bruson, F. Bonisolli, E. Gruberova, G. Dimitrova, F. Araiza, D. Polaski, L. Nucci, F. Cedolins, e muitos mais.

Sua voz e interpretações estão disponíveis em CDs, entre eles Maria Stuarda de Donizetti, La Gloria de Cilea, o Réquiem de Verdi (três diferentes edições), O Crepúsculo dos Deuses e A Valquíria de Wagner. Recentemente participou da gravação em DVD de A Força do Destino, sob regência de Zubin Mehta, depois da gravação também em DVD de Tristão (como o rei Marke), e de uma nova gravação do Anel do Nibelungo lançada na Austrália, na qual cantou o papel de Hagen.

Duccio Dal Monte se apresenta frequentemente em recitais em que interpreta Lieder alemãs (Viena em 2014 e Freiburg em 2016) e canta músicas sacras de Händel, Bach, Haydn, Mozart, Beethoven, Rossini etc.

Como ator já trabalhou com nomes como Klaus Maria Brandauer, Peter Matic, Miguel Herz-Kestranek e Martin Wuttke, e também participou da montagem da peça O Anjo Exterminador, no Burgtheater em Viena.