Coro
O Coro Acadêmico Yurlov da Russia é hoje um dos principais conjuntos musicais da Rússia, em número de concertos, amplitude de repertório e diversidade de suas apresentações. O coro está envolvido em dezenas de projetos, eventos e festivais musicais, tanto em Moscou como em outras regiões da Rússia e do mundo.
Desde 2004, sob comando do maior regente de coro e sinfônica da atualidade, Gennady Dmitryak, o grupo viajou por praticamente todo o território russo – de Kaliningrad a Magadan. Suas apresentações-solo alcançaram enorme sucesso em São Petersburgo, Novosibirsk, Kazan, Nizhny Novgorod, Krasnoyarsk, Chita e em muitas outras cidades. O ensemble também apresentou a rica tradição da arte coral da Rússia com muito vigor para plateias da Espanha, Grécia, Inglaterra, Polônia, Coreia do Norte, Armênia, Letônia, Lituânia e Estônia, onde as últimas apresentações receberam os mais calorosos elogios de músicos internacionais.
Gennady Dmitryak conseguiu conciliar poder sonoro com flexibilidade, riqueza de timbre com liberdade técnica na execução, transformando o coro em um dos maiores da Rússia, com mais de 70 cantores, a vasta maioria jovens músicos altamente qualificados, oriundos de conservatórios russos.
Gennady Dmitryak, diretor musical dedicado ao desenvolvimento e promoção da arte coral na Rússia, deu início a uma série de projetos criativos que se tornaram eventos importantes da recente vida musical russa.
No segundo semestre de 2012, contando com apoio do Ministério da Cultura da Federação Russa, o coro realizou, com grande sucesso, o projeto do Festival de Música Lubov Svyataya, em homenagem à memória de Alexander Alexandrovich Yurlov, famoso líder do conjunto que leva seu nome. Pela primeira vez em muitas décadas, os melhores coros profissionais, estudantis e amadores do país, se reuniram em formações que executaram composições vocais sinfônicas russas e internacionais.
Nos últimos anos, houve diversas importantes estreias musicais – inclusive internacionais – que contaram com a participação do Coro Yurlov: a 4ª Sinfonia para orquestra, coro e solo de viola “em homenagem aos 60 anos da Grande Vitória” e O Réquiem Russo, de A. Tchaikovsky (2005); o Réquiem, de A. Karamanov (2006); a cantata O Convidado Afável, de G. Sviridov (2007); a ópera Os Cossacos, de Sh. Chalaev (2008); Canções Natalinas de A. Larin (2009); as composições No Sepulcro de J. Tavener (2009); a suíte Nossa Casa no Universo – o Planeta Terra de Vangelis (2011); a Sinfonia nº 3, Kaddish: Diálogo com Deus, de L. Bernstein (estreia russa, 2012); a cantata Joan e os Sinos, de G. Getty (2012);Acatista e Hosanna, Sanctus de A. Rybnikov (2013); as composições Junto às Estrelas e O Violão Espanhol,de P. Ovsyannikov (2013); a ópera bufa inacabada Orang, de D. Shostakovich (première russa, 2014); e a ópera O Monge Negro, de A. Kurbatov (2014).
Desde 2005, o Coro Acadêmico Yurlov da Russia é um dos pontos altos dos eventos anuais em comemoração à Grande Vitória, que ocorrem na Praça Vermelha, no complexo memorial Poklonnaya e no Salão Principal de Exposições Manezh. O coro também se apresenta em muitos outros eventos sociais: concertos em homenagem à cidade, celebrações do programa espacial russo, eventos em memória das vítimas de acidentes e catástrofes nucleares e do Genocídio Armênio de 1915, entre outros.
O ensemble mantém um elo vivo com a tradição russa de música sacra e é atualmente reconhecido como um dos melhores intérpretes do repertório sacro russo, tendo recebido o primeiro prêmio no 28ª Festival Internacional de Música Sacra Hainuvka, em Bialystok, na Polônia, em 2009.
No primeiro semestre de 2014, durante o 13º Festival de Páscoa de Moscou, o coro apresentou, com extraordinário sucesso, obras de caráter religioso de compositores russos, na Catedral da Assunção do Kremlin.
Nas últimas temporadas de concerto, o Coro Yurlov subiu aos palcos com os principais grupos musicais: Orquestra Sinfônica da Academia Estatal da Rússia (Orquestra Sinfônica Svetlanov), Orquestra Nacional Russa (sob regência de M. Pletnev), Orquestra Sinfônica Estatal Novaya Rossiya, Orquestra Sinfônica Estatal de Moscou (sob regência de P. Kogan), Sinfônica da Cidade de Moscou – Filarmônica Russa, Orquestra Sinfônica de Cinema Russa. Dentre os regentes com os quais se apresentou, destacam-se Y. Bashmet, V. Gergiev, K. Zanderling, P. Kogan, T. Curentzis, M. Pletnev, S. Skripka, A. Sladkovsky, V. Fedoseyev, D. Yurovsky, V. Yurovsky, J. Klum e A. Weiser (Alemanha), B. Ellen e D. Galant (Reino Unido), A. Eshve (Áustria), Jean-Pierre Tortelier (França), J. Handel e J. Cohn (EUA), A. Mustonen (Estônia), G. Rinkevičius (Lituânia), entre outros.
De 2011 a 2013 o coro gravou sete CDs: “As Vésperas”, de Sergei Rachmaninoff, “O Réquiem”, de A. G. Schnittke, “Obras Primas da Música Sacra e Clássica Russa do século XVIII ao século XX”, “Com Amor para a Rússia. Canções Folclóricas e Corais de Compositores Russos”, “A Alma Anseia pelo Céu. Obras Primas da Música Russa para Coro Masculino”, “As Bodas”, de I. Stravinsky e “Canções de Kursk”, de G. Sviridov.
Seu repertório abrange a quase totalidade das cantatas e oratórios russos e da música ocidental europeia – da Missa em Si menor de J. S. Bach às obras de B. Britten, L. Bernstein, A. Schnittke, G. Kancheli, Gr. Tavener, incluindo o maravilhoso repositório de miniaturas corais – de madrigais da Renascença a pinturas musicais de Y. Falik, N. Sidelnikov, A. Larin. Acrescente-se ainda ópera clássica russa e ocidental europeia, o extenso repertório do cancioneiro folclórico russo em arranjos clássicos e modernos, além de obras de música pop e ópera rock.
Enquanto mantém a melhor tradição artística do canto coral russo, o coro participa ativamente do desenvolvimento de novos campos na arena musical e social e anseia pela realização de seu potencial social, cultural e civil internamente. “Na tradição coral russa não se deve olhar apenas para o conhecido tema da cultura nacional, mas também para a riqueza dos símbolos de unidade nacional através do sofrimento na longa história de nosso país. Esses tesouros, felizmente, estão ao nosso alcance e seria um erro subestimar a riqueza espiritual e cultural que eles conservam”. (Gennady Dmitryak).