Contrabaixo
O paulistano Julio Nogueira iniciou seus estudos musicais aos 13 anos de idade no Instituto Pão de Açúcar de Desenvolvimento Humano por meio do “Método Jaffé de Ensino Coletivo de Cordas”, sob orientação da professora e violinista Renata Jaffé.
Apaixonado por música desde criança e louco por rock’n roll, logo decidiu, por conta própria, que queria ser músico. Pretendia ter uma banda de rock e viver no palco.
Seu plano era ser baterista, mas a primeira oportunidade que surgiu para aprender música foi com o contrabaixo em uma orquestra de cordas. “Foi amor ao primeiro pizzicato!”, afirma Julio.
Atualmente é músico de orquestra, professor de música e de contrabaixo e tem a tão sonhada banda de rock, na qual toca o contrabaixo acústico, seu primeiro instrumento musical.
Experiências musicais
Julio Nogueira foi integrante da Orquestra de Cordas Instituto Grupo Pão de Açúcar, na qual atuou como spalla do naipe de contrabaixos. Com esta orquestra se apresentou na maioria dos teatros da capital de São Paulo, incluindo Alfa, Cultura Artística, Theatro Municipal e Sala São Paulo. Participou dos festivais: SECONDE, FEMUSC, Músicas nas Montanhas, Oficina de Música de Curitiba, Oficina de Música de Vale Vêneto, Festival Internacional de Campos do Jordão, Música em Trancoso (2015 a 2018), entre outros, e também de turnês internacionais da orquestra do Instituto Pão de Açúcar (2007, 2009 e 2010), com apresentações nos Estados Unidos (Fine Arts Series, Pensacola Christian College, University of Georgia, Athens Academy, Water Stage – Downtown Disney – primeira orquestra brasileira a se apresentar na Disney – e outros) e na Argentina (“Encuentro Internacional de Orquestras Juveniles”, tocando na Facultad de Derecho e Luna Park).
Como solista se apresentou na série “Jovens Solistas” do projeto Theatro Municipal Visita, na série de concertos “Grandes Solistas” da Camerata São Paulo Jovem e “Novas Gerações”, com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA).
Estudou na Escola Municipal de Música e cursou bacharelado em contrabaixo na Universidade Estadual Paulista (UNESP), sob orientação de Valerie Albright. Em aulas, workshops e masterclasses, foi orientado por: Pedro Gadelha, Luiz Gustavo d’Ippolito, Sonia Ray, Ana Valéria Póles, Max Ebert, Janne Saksala, Klaus Trumpf, Claus Freudenstein, Marc Ramirez, Jiri Hudec, Miloslav Jenílek, Barry Green, Diego Zecharies, Alberto Bocini, Christine Hoock, Milton Masciadri, Timothy Cobb, Brad Opland, Catalin Rotaru, Bernd Schöpflin, Emilio Yepes Martines, Tobias Glöcker, Benedikt Hübner, Kekshoev Mikhail, entre outros.
Foi integrante da Orquestra Experimental de Repertório (OER), atuando inclusive como monitor (chefe de naipe). Por meio de parceria entre a OER e a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo (OSMSP), se apresentou com a OSMSP, sob regência do maestro John Neschling.
Em 2016 participou da convenção internacional de contrabaixos, o BASS EUROPE, realizado em Praga (República Checa), onde apresentou o trabalho de sua banda, a Denker – cujo trabalho destaca o contrabaixo acústico como instrumento solista, tornando-o personagem principal do espetáculo. Esta performance foi muito elogiada tanto pelos organizadores do congresso, quanto por contrabaixistas do evento como Petru Iuga, Dr. Donovan Stokes, Marc Ramirez, Alberto Bocini, George Amorim, Klaus Trumpf, Jiri Judec, entre outros.
Em 2017 foi contemplado com uma bolsa de estudos concedida pelo Mozarteum Brasileiro para o curso de verão “Collegium-Musicum”, em Pommersfelden, na Alemanha. Neste evento foi um dos músicos de destaque, atuando como chefe de naipe no concerto mais importante, promovido para os parceiros e para a convidada especial da edição, Tatiana Copeland, sobrinha-neta do compositor russo Sergei Rachmaninoff (1873-1943), além de atuar nos concertos de música de câmara e na big band.
Ainda em 2017, a convite do maestro Benoît Fromanger e com apoio do Mozarteum Brasileiro, atuou como músico convidado junto à Orquestra Sinfônica de Bucareste, nos concertos realizados em Trancoso (BA).
Em 2018 atuou como músico convidado nos concertos da Orquestra Sinfônica Estatal Russa “Evgeny Svetlanov” em São Paulo, sob regência do maestro Terje Mikkelsen, também com apoio do Mozarteum Brasileiro.
Atualmente é spalla do naipe de contrabaixos da Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, membro da ISB (International Society of Bassists), BASSEUROPE e ABC (Associação Brasileira de Contrabaixistas). Além de desenvolver extensa atividade didática, realiza pesquisa sobre o uso do contrabaixo acústico no rock e também dedica-se à banda Denker. Misturando rock com música clássica, a Denker conta com mais dois músicos – Rubens Müller (voz e violão) e Guilherme Oliveira (guitarra e violão).